XI
Em mil novecento e noventa e cinco
O CERVANTES continuou
A produzir um teatro
Feito como muito valor
"ASSOBIANDO PRO VENTO"
Viajou nas asas do vento
Que Chico Bagre criou
XII
O texto é de Júnio Santos
Helio Junior fez a direção
Jôsy, figurinos e maguiagens
Ray Lima a produção
E pra iluminar os BRINCANTES
Veio de distante
Castelo Casado e sua iluminação
XIII
O espetáculo percorreu as ruas
Com cortejos por todo lado
O encontro foi na praça
O local tava marcado
O ápice no Centro de Memória
Assim registra a história
Tinha gente por todos os lados
XIV
Vamos descrever uma cena
Feita no pé da ladeira
O encontro de Chico Bagre
Um poeta de primeira
Com o famoso Canjiquinha
Adversário de linha
Começa assim a brincadeira!!!
ARLEQUIM
No pique do repinique
Direita, bombordo norte
Onda, mar, pedra ou dique
Garrafa, alambique
Peleja de dois cacique
Vida, Dor, Sangue, Morte!
CHICO BAGRE
Canjiquinha a hora é chegada
De travarmos um desafio
Quero ver se tu
tens brio
La vai uma, duas e três...
CANJIQUINHA
Meu mano em mim confio
Sou um homem de estrada
Hoje dou-lhe porrada
Tome quatro, cinco e seis
CHICO BAGRE
A sorte já tá lançada
Daqui só um vai sair
CANJIQUINHA
Cuidado pra não cair
CHICO BAGRE
Caio tomando cachaça
Com tira-gosto de fumaça
E poeira de Icapuí...
ZÉ MIGUEL
Poeta, saia da arena
O barco tá com avaria
Já visse que essa hiena
É muito ruim de poesia
Quero ver se no facão
Ele não caga no chão
Toda sua covardia
ARLEQUIM
Bateu o relógio do tempo
Do que se passou lá atrás
A Canoa corre veloz
O povo com ela vai
Rema, rema, pescador
A peleja se acabou
O cortejo se refaz...
XV
Assumimos o Departamento
Responsável pela cultura
Com recursos inexistentes
E uma vida muita dura
Botamos o bloco na rua
Com sol, com chuva e com lua
De uma forma bem madura
XVI
Montamos com o Flor do Sol
O Brincando de Verdade
Um espetáculo infantil
Feito pra toda idade
Que rodou o Ceará
Foi pra muito lugar
Andou em muitas cidades
XVII
Veja somente uma cena
Um poema
Uma canção
Desse texto de Júnio Santos
Cheio de amor e emoção
Que foi montado no Ceará
No Rio Grande e no Pará
Sem ele cobrar um tostão
MARIA PREQUIÇA
Brincar! brincar, brincar...
Será que a gente inda sabe?
SABIDINHO
Se tá esquecida, preste atenção pra não esquecer mais nunca. Dentro
do nosso baú, tem histórias, fantasias, imaginação...
MARIA PREQUIÇA
Ah, é! Sendo assim só será preciso...
TODOS
Tan-tan-tan-tan......
FADINHA
Misturar um pouco de pensamento
Com dois quilos de imaginação
Três asas do vento
Com sete metros de ilusão
Um suspiro de uma menina linda...
MENINAS
Ai...
FADINHA
Cinco litros de fogo de dragão
Uma peraltice
Uma unha de miss
E.. Pe! Bufe! estrogonofe! AÇÃO...
Mexemos tudos com muita graça
Com riso, festa e alegria
Depois de pronta a fervura
Começa a fantasia!!!!
XVIII
A-TU - A - ÇÃO - um Passo pro Futuro
Foi outra peça montada
Criada por Júnio Santos
E no Ceará apresentada
Na implantação dos CMDS
Nós cuidamos da prece
De mais uma história inventada
“O que seria de uma noite sem um sonho
O que seria se não pudesse sonhar
O que seria do passado sem memória
O que será do meu futuro
O que será???”
&
“Feche os olhos direitinho
Vamos brincar de lembrar
Do passado como foi
Pra depois
O futuro conquistar”
XIXEm 96 paramos tudo
Com a nova administração
Dedé Teixeira era o prefeito
E não cumpriu com a missão
De criar a secretaria de cultura
Que prometera em reunião
XX
Deixamos Icapuí
Mais a arte não se acabou
Fomos morar em Aracati
Cidade que nos convidou
E de vez em quanto voltava
Com os grupos se articulava
Abastecia o motor
XXI
1998
Conquistamos o Ceará
Ganhamos prêmios em festivais
Temporada no Zé de Alencar
Oficinas pelo interior
Inauguração do Dragão do Mar
Nos tornamos nacional
Fomos pra muito lugar